Ovodoação (Doação compartilhada)

A Ovodoação é um ato nobre de desprendimento, que pode resultar na felicidade de duas famílias. O óvulo é uma célula frágil e vulnerável a ação do tempo. Assim, a cada ano de vida da mulher ele se torna mais difícil de fertilizar e com maior tendência de anomalias. Muitas mulheres, por vários motivos perdem os ovários muito precocemente, então somente torna-se possível engravidar através da ovodoação.

Diversas são as causas que provocam necessidade de procurar um óvulo doado:

1) Menopausa precoce - mulheres que entram em falência ovariana muito jovem. Entre as diversas causas estão a retirada de ovários cirurgicamente por alguma patologia; tratamento de doenças como câncer, que levam a esterilidade; menopausa precoce familiar, onde a mulher tem histórico que a mãe entrou na menopausa muito cedo, porém por motivos diversos ela atrasou ou não deu tempo de engravidar, e quando vai tentar uma gravidez descobre que está na menopausa.
2) Anomalias genéticas de características hereditárias - muitas delas impedem de engravidar e outras, caso acontecer uma gestação, tem alto risco de transmissão genética.
3) Mulheres acima de 40 anos - tem um grande declínio no sucesso do tratamento por fiv com uma cifra de aproximadamente 9% de chance de ter seu filho com 42 anos de idade, com seus próprios óvulos. Dessa forma, uma alternativa seria um óvulo doado por uma mulher mais jovem que representaria uma chance compatível com a idade desta doadora.

O processo é muito simples.

Quando se tem um óvulo doado, insemina-se o mesmo com sêmen do parceiro ou de um outro doador e transfere o mesmo para cavidade uterina da futura mamãe. Assim é fundamental que a paciente tenha útero. Para encontrar uma doadora compatível, o que não e fácil seguísse um critério de aparência física e dados sanguíneos como da doação de sêmen. O casal tem que responder um questionário fornecendo os seguintes dados para encontrar uma doadora mais próxima possível, além é claro de não ter nenhuma doença:

1) Tipo sangüíneo;
2) Raça (branca, negra, amarela, indígena, parda);
3) Origem étnica;
4) Religião;
5) Altura;
6) Peso;
7) Cor do cabelo (preto, ruivo, loiro, loiro médio, castanho, castanho escuro, castanho claro, castanho avermelhado);
8) Textura do cabelo (liso, crespo, ondulado, calvo, careca);
9) Cor dos olhos (pretos, azuis, verdes, mel, castanhos, castanhos claros);
10) Cor da pele (branca clara, branca média morena, mulata, oliva, negra);
11) Constituição óssea (grande (longilínea), média (normolínea), pequena (brevelínea);

Os casais também podem não atender a todos os requisitos acima e optarem por uma doadora mais próxima. Veja bem, o intuito é que o bebê tenha o máximo possível de semelhança materna e paterna, mas não necessariamente isto vai ocorrer, uma vez que também está em jogo as heranças genéticas da arvore genealógica de cada individuo.

Em nosso país é proibida à comercialização de tecidos humanos, inclusive óvulos. Assim somente é permitida a doação compartilhada como descrita em parecer do crmmg da consulta 3491 ; 2008. Dessa forma a paciente doadora que também deve ser infértil recebe medicações utilizadas na estimulação ovariana e produção de óvulos necessária para o seu próprio tratamento, e doa os óvulos excedentes para a receptora, desde que não traga prejuízo ao seu tratamento. A doadora tem que ser infértil, jovem, e com boa reserva ovarina e ter dificuldade de arcar com os custos de sua medicação.

Na doação compartilhada o paciente não deve receber nenhum beneficio a não ser a medicação necessária para indução da ovulação e o consentimento assinado do parceiro. O anonimato deve ser mantido de forma rigorosa e em nenhuma hipótese dever ser revelado as identidades de doadora e receptora.

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